That night a group of us went to Minsterworth in quest of the Severn Bore. Veronica had been alongside me. My brain must have erased it from the record, but now I knew it for a fact. She was there with me. We sat on a damp blanket on a damp riverside holding hands; she had brought a flask of hot chocolate. Innocent days. Moonlight caught the breaking wave as it approached. The others whooped at its arrival, and whooped off after it, chasing into the night with a scatter of intersecting torchbeams. Alone, she and I talked about how impossible things sometimes happened, things you wouldn't believe unless you'd witnessed them for yourself. Our mood was thoughtful, sombre even, rather than ecstatic.
JULIAN BARNES, U.K.,
in The Sense of an Ending, 2011
Nessa noite um grupo com alguns de nós foi a Minsterworth em demanda do Severn Bore. Veronica estivera junto de mim. O meu cérebro deve tê-lo apagado dos registos, mas sabia agora que era um facto. Sentámo-nos num cobertor húmido numa margem húmida de mãos dadas; ela tinha trazido um termo de chocolate quente. Dias inocentes. O luar apanhava o rebentar da onda, quando ela se aproximava. Os outros gritavam à chegada, e gritavam depois, perseguindo a noite e espalhando a luz dos archotes que se cruzavam. Sós, ela e eu falámos de coisas impossíveis que às vezes aconteciam, coisas em que não acreditaríamos se não as víssemos nós próprios. O nosso tom era sério, sombrio até, mais do que arrebatado.
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