At dawn she lay with her profile at that angle
Which, when she sleeps, seems the carved face of an angel.
Her hair a harp, the hand of a breeze follows
And plays, against the white cloud of the pillows.
Then, in a flush of rose, she woke, and her eyes that opened
Swam in blue through her rose flesh that dawned.
From her dew of lips, the drop of one word
Fell like the first of fountains: murmured
«Darling,» upon my ears the song of the first bird.
«My dream becomes my dream,» she said, «come true.
I waken from you to my dream of you.»
Oh, my own wakened dream then dared assume
The audacity of her sleep. Our dreams
Poured into each other's arms, like streams.
STEPHEN SPENDER, U.K., Daybreak, c. 1947
Ao amanhecer está deitada com o perfil nesse ângulo
Que, adormecido, parece o rosto cinzelado de um anjo.
O cabelo é harpa, a mão da brisa segue-o
E toca, sobre a nuvem branca de almofadas.
Então, num assomo rosa, despertou, e os olhos que se abriram
Nadaram em azul por entre a rosada carne que amanhecia.
Do orvalho feito lábios, caiu a gota de uma palavra
Como a primeira das fontes: «Querido,» foi o canto
Que a primeira ave aos meus ouvidos murmurou.
«O meu sonho torna-se meu sonho,» disse, «feito realidade.
Acordo de ti para sonhar contigo.»
Ah, o meu próprio sonhar acordado ousou então alcançar
A audácia do sono dela. Os nossos sonhos
Correram para os braços um do outro, como cursos de água.
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