Para um tal hino à vida e ao amor (a palavra final da dedicatória de Clarence) foi preciso ir até às estrelas. Forçar um pouco a mão ao destino, para melhor tentar a liberdade. Não se trata de viajar no passado para descobrir a inelutabilidade dele, mas de não sair da mesma noite, para mostrar como o futuro a modifica.
(sobre "It's a Wonderful Life" de Frank Capra)
Há a consciência de que um filme é como um jardim ou como uma prosa, que precisa sempre de retoques. Ou de que um filme é como os anjos, ou é o espaço - o único espaço - em que os anjos podem pousar. Os anjos, não as palavras. Consumatum est.
(sobre "Nouvelle Vague" de Jean-Luc Godard)
JOÃO BÉNARD da COSTA, PORTUGAL, 1935-2009
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