2023/10/29

THE DEATH OF CHILDREN
It is the death of children most offends
nature and justice. No use asking why.
What justice is, nobody comprehends.
What punishment can ever make amends?
There’s no pretext, excuse or alibi.
It is the death of children most offends.
Whoever offers arguments pretends
to read fate’s lines. Although we must swear by
what justice is, nobody comprehends
how destiny or chance weaves. Who defends
their motives with fair reasons tells a lie.
It is the death of children most offends.
Death can’t deserve to reap such dividends
from these, who scarcely lived, their parents cry.
What justice is, nobody comprehends.
Bring comfort then, and courage. Strangers, friends,
are we not all parents when children die?
What justice is, nobody comprehends.
It is the death of children most offends.

RICHARD BERENGARTEN, U.K., 2006

A MORTE DAS CRIANÇAS
A morte das crianças é o que mais ofende
justiça e natureza. Inútil perguntar porquê.
O que é justiça, ninguém entende.
Que castigo alguma vez trará a paz?
Não há pretexto, desculpa ou álibi.
A morte das crianças é o que mais ofende.
Quem traz argumentos finge
ler linhas no destino. Devendo embora
proclamar justiça, ninguém entende
o que destino ou sorte tecem. Quem defende
motivos, razões justas, mente.
A morte das crianças é o que mais ofende.
Não merece a morte colher dividendos
pelos que quase não viveram, choro dos pais.
O que é justiça, ninguém entende.
A morte das crianças é o que mais ofende.
Levai conforto, e coragem. Desconhecidos, amigos,
não somos sempre pais quando as crianças morrem?
O que é justiça, ninguém entende.
A morte das crianças é o que mais ofende.